Colégio estadual situado no 2° menor município do Paraná recebe destaque regional na 10° Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente organizada pela Fundação Fiocruz. Intitulado de "Agrofloresta na escola", o projeto concorreu com escolas públicas e privadas dos estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O projeto "Agrofloresta na escola" foi desenvolvido pela professora de Geografia, Rose Hélida,  em parceria com os demais professores  do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha, e envolveu alunos do ensino fundamental e médio, pais e responsáveis, secretarias municipais e orgãos como Emater e IAP. Consistiu na  implantação e manutenção de um canteiro agroflorestal de aproximadamente 260 m² em uma área do colégio não explorada, com erosão laminar e que apresentava indícios de esgotamento do solo. O projeto foi desenvolvido na intenção de recuperar a área e de propor uma alternativa de produção alimentar saudável, economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. Assim, foram apresentados aos alunos os Sistemas Agroflorestais Agroecológicos (SAFAs), cuja produção se dá através da manutenção do equilíbrio dos ecossistemas por meio da valorização da biodiversidade e da constituição e/ou manutenção de solos de qualidade. Consiste basicamente na produção de alimentos em meio à variadas espécies de vegetação (rasteiras, arbustivas e arbóreas) que desempenham diferentes funções ao longo do desenvolvimento do sistema, desde a geração de matéria orgânica ao sombreamento exigido por algumas plantas. Além disso, ao conciliar o plantio de árvores com a produção de alimentos, aumenta-se o potencial do sequestro de carbono, uma vez que a área de ocorrência de agroflorestas passar a ter uma maior capacidade para fixar esse gás através das árvores e do solo que permanece constantemente coberto ora por espécies arbóreas, ora por culturas alimentícias ou ainda por espécies de adubação verde. Outro fator importante que foi destacado diz respeito a promoção da saúde e da qualidade de vida dos agricultores e dos consumidores que os SAFAs geram, pois tem como pressupostos uma produção biodiversa, livre do uso de agrotóxicos, além da garantia da soberania e segurança alimentar.  Assim, com a aprovação da comunidade escolar em reunião com os representantes, no mês de julho de 2019, iniciou-se a implantação do canteiro agroflorestal. O primeiro passo foi o desenho de um croqui que indicasse as espécies e os espaçamentos. Para a escolha das espécies, no caso das hortaliças e frutíferas, levou-se em consideração aquelas que fazem parte do cardápio da merenda escolar, já que os produtos colhidos no canteiro iria, prioritariamente para o consumo escolar. Além das arvores frutíferas escolheu-se para inserir no canteiro, por fatores históricos, a espécie Astronium graveolens, popularmente conhecida como Guaritá, que deu nome ao povoado instalado na década de 50, antes da criação do Município de Nova Aliança do Ivaí em 1960. Várias espécies foram colhidas do canteiro como rabanete, rúcula, alface, couve, cebolinha, coentro, brócolis, mandioca, banana e mamão. A colheita da mandioca ocorreu no início da pandemia e rendeu aproximadamente 200 kg que foram doados para algumas famílias do município. Infelizmente, no momento o projeto encontra-se paralisado, aguardando o momento ideal para ser retomado.

Veja o vídeo do projeto em: https://drive.google.com/file/d/1IrPCAp1WX8lU-d-VTqjS2eX4an6R1l4J/view

Link da resultado: https://olimpiada.fiocruz.br/wp-content/uploads/2021/03/LISTA-DE-DESTAQUES-1.pdf